Wednesday, October 03, 2007

A arte como pronto socorro do ser!

A diversidade cultural existe independente das discussões sobre ela, “tudo” acontece e sucede se transformando, independente das nossas intenções “tão teóricas e por isso muitas vezes tão distantes da realidade perdem se em si sem se objetivarem em coisa alguma de fato!”
Abrir espaços a fim de trabalhar de forma efetiva com temas novos ou abordados, ao meu entender, é nesse momento de grande importância, na medida em que o Brasil parece se democratizar cada vez mais, pedindo novas medidas políticas culturais nacionais e internacionais com emergência frente a tanta novidade e disponibilidade de conhecimento com a globalização.
Pra onde ir? O que fazer?Como agir? As políticas (enquanto procura abstrata) sempre tão distantes da maioria do povo brasileiro deixam os jovens à mercê das várias possibilidades de atuação dentro dos variados campos da cultura em nosso país, parece me que as políticas culturais na verdade pertencem a um mundo paralelo: refletem as suas teorias não muito bem objetivadas e descompassadas com a realidade e não conseguem ir além, ou seja, alcançar as verdadeiras necessidades culturais entre o universal e o pessoal dentro do nosso contexto histórico. Não conseguem realizar o que deveriam em sua verdadeira extensão.
A verdadeira política, aquela cujo ser participa integralmente, democraticamente (estimulado pelo ideal x vivência), é a vivência do presente como um todo que carrega o que é o pessoal (essência) de cada um e o universal de todos; no caso do Brasil,”do sentimento de pobreza”que acabou por se expressar como o poder da criatividade no cidadão comum, para sua sobrevivência; e que hoje é acalentada pela política do ministro Gilberto Gil, através dos Pontos de Cultura juntamente com as ONGS e uma imensidão de projetos espalhados pelo Brasil, onde a preocupação, ou seja, o objetivo está, ao meu ver, em direcionar as crianças e os jovens dentro do campo da arte, a fim de atenuar o grave problema, que é o da falta de uma verdadeira integração social, dos filhos da pobreza, dentro do Brasil.
Sem raízes culturais legítimas (no sentido de uma verdadeira integração cultural histórica), através desta política cultural, as crianças e os nossos jovens das favelas e periferias acabam sendo “resgatados” da infelicidade pela Arte, pois esta pode apontar direções luminosas, perspectivas futuras estimulantes para o crescimento sensível/inteligível de um ser humano.
Assim muitos são salvos da marginalidade. É realmente maravilhoso que uma política abra leques de possibilidades e alternativas que dê esperanças de um futuro e isto porque ela trabalha com o aqui e agora, com o presente do Brasil, ou seja, a arte neste contexto social e cultural brasileiro através dos pontos de cultura atua como Pronto Socorro do “ser” nesse nosso momento histórico...
A arte tem agido como o Pronto Socorro do ser, a criatividade o exercício mental necessário para a cura do psiquismo.Essa realidade tão simples procura a democratização e uma estruturação organizada, a arte ao alcance de todos. Como conseguir isso? Parece-me uma preocupação geral dos detentores do poder cultural; expandir a arte nas escolas, nos bairros, alimentar a criatividade que gerará gerações criativas, que é por excelência da natureza do ser racional. O controle não; penso, mas a observação e a alimentação do processo de forma efetiva.




Fiquem por dentro das discussões sobre políticas culturais do blog do Minc....